Já estamos há quase dois anos passando por um período grande de instabilidade econômica por conta de uma crise que pegou o mundo todo de surpresa. Com a pandemia de COVID-19, a recuperação dos países tem sido mais lenta, em especial os emergentes. No Brasil, há o agravante de um cenário político instável e as incertezas diante das eleições de 2022. Ainda assim, para os empreendedores pode haver oportunidades de compra de empresa, mas é preciso olhar para esse cenário com cautela.
Apesar da crise, em 2020, o número de transações de fusões e aquisições ficou acima do esperado. Isso ocorreu porque investidores identificaram o momento como oportuno para aplicar capital em algumas companhias que passavam com dificuldades, ou então empresários viram oportunidade de expandir ao adquirir empresas de setores que ficaram em alta por conta da pandemia.
O número de fusões e aquisições bateu recorde por três anos seguidos entre 2017 e 2019. Já no ano passado, apesar das transações terem reduzido nos primeiros trimestres, a tendência se reverteu no fim do ano e novas negociações, que haviam sido adiadas, foram retomadas.
Passado pouco mais de um ano da crise, o mercado voltou a ficar aquecido. Somente no primeiro trimestre, o Brasil registrou 375 operações de fusões e aquisições, segundo levantamento da KPMG, sendo que a maioria delas foi entre empresas brasileiras. O relatório apontou que as aquisições realizadas por brasileiros foram o principal motor das transações.
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Oportunidades para comprar empresa
Mas como aproveitar esse mercado aquecido da melhor maneira e ir às compras no mundo do empreendedorismo? É preciso ficar atento a alguns pontos antes de pensar em adquirir um novo negócio, considerando principalmente o momento da sua empresa a da potencial companhia a ser adquirida.
1. Setores em alta
Primeiramente, é importante avaliar o setor o qual a sua empresa atua e também qual será o segmento a ser investido. Este ano, o setor de empresas de Internet e o Tecnologia da Informação têm sido os mais aquecidos em termos de fusões e aquisições, mudando o perfil das transações no cenário brasileiro a partir de uma nova realidade em que muitas companhias passaram por uma transformação digital. Instituições financeiras e prestadores de serviços para empresas também estão em alta, aparecendo nos rankings de maiores fusões e aquisições este ano.
2. Segmentos em recuperação
Há outra perspectiva de impacto da pandemia nos negócios e que também pode gerar boas oportunidades de compra. Esse é o caso de empresas que foram afetadas negativamente pela crise e precisam de capital para se recuperar e continuar crescendo. Nesses casos, a chegada de um novo sócio pode ajudar a investir na recuperação financeira dessas companhias. Isso pode proporcionar uma boa negociação, a um preço mais baixo, mas também é preciso avaliar o risco de se comprar um negócio que está fragilizado, traçando uma boa estratégia para a regeneração desses ativos.
3. Sinergias
Independente de qual setor está em alta ou em baixa, é importante avaliar quais sinergias que a transação de compra vai gerar para o adquirente. Elas podem ser financeiras, gerando melhores custos de crédito, por exemplo; comerciais, promovendo acesso a um número maior de clientes e canais; administrativas, diluindo custos e aumentando receitas; estratégicas, permitindo um crescimento mais acelerado ou consolidando uma marca no mercado, reduzindo a concorrência; entre outras. É a partir dessa análise que será escolhido o melhor alvo para a aquisição, sempre levando em conta o alinhamento entre os negócios com o objetivo de gerar valor.
4. Valor da compra
Em meio a tantas oportunidades, com setores em alta, enquanto outras empresas estão passando por maior dificuldade é preciso ter certeza de qual o valor ideal para essa negociação. O valuation é uma boa maneira de calcular esse preço, evitando assim uma oferta muito alta ou discrepante em relação às demais. É importante lembrar que divergências em relação a esse valor são comuns, mas é sempre possível negociar de acordo com a perspectiva de crescimento que o negócio vai trazer no futuro, após a aquisição.
5. Processo de aquisição
O processo de compra de uma empresa deve passar por um estudo de mercado, acordos de confidencialidade, modelagem da oferta, due diligence, oferta final e assinatura do acordo de compra e venda. É sempre importante lembrar que uma transação de aquisição não acaba com a assinatura do contrato. Depois disso, é preciso tornar as sinergias parte do negócio, o que gerará lucro para a empresa adquirente após a incorporação da adquirida.
Para garantir que todos esses passos estejam mapeados, é sempre importante ter o auxílio de profissionais especializados que consigam ajudar em cada fase do processo de compra de empresa, reduzindo custos e aumentando o valor da aquisição. A Capital Invest oferece consultoria em M&A, auxiliando na compra, venda e avaliação de empresas, com o objetivo de gerar valor, reduzindo os riscos.
Fonte: Capital Invest – assessoria especializada em fusões e aquisições.