Embora sejam mais conhecidas, as ações não são os únicos tipos de investimento em renda variável. Há muitos ativos que são negociados na Bolsa de Valores e alguns deles vêm atraindo o interesse dos investidores brasileiros, como é o caso dos Exchange Traded Funds (ETFs) ou fundos de índices.
Esse tipo de investimento tem características próprias que o torna atrativo tanto para investidores mais experientes quanto para aqueles que desejam começar a investir em renda variável.
O fundo de índice funciona como uma espécie de cesta de ativos, o que contribui para a diversificação da carteira do investidor. “É como se fosse uma caixinha em que você colocasse várias empresas lá dentro”, compara o especialista em educação financeira da Genial Investimentos, Jurandir Sell. “Como você diversifica, não precisa se preocupar se comprou um ativo de uma única empresa e ela não deu certo.”
O rendimento do ETF é atrelado ao índice em questão e o aporte inicial não costuma ser alto. Outra vantagem é a alta liquidez: o resgate do dinheiro pode ser feito um dia após o pedido.
Além disso, um fundo desse tipo possui uma gestão profissional, o que dá mais tranquilidade para quem opta pelo investimento. “A taxa de administração é boa e é a classe de ativos que mais vem crescendo”, avalia Jurandir.
Em outros países, os ETFs já são bastante conhecidos. No Brasil, a oferta e a demanda estão em expansão. Na B3 são oferecidas 45 opções e mais de 400 mil brasileiros já investem nos fundos de índice.
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O que é um ETF
Um ETF, também conhecido como Exchange Traded Fund, é simplesmente um fundo de investimento negociado em Bolsa. Na prática, representa um grupo de investidores que aplicam seus recursos em conjunto.
Em outras palavras, quando você investe em um ETF baseado no índice S&P 500, você é automaticamente investido em todas as 500 empresas que compõem esse índice, sem ter que comprar separadamente as ações de cada empresa.
Qualquer pessoa que invista em uma ETF através deste processo no mercado primário deve fazê-lo através de um agente autorizado do emissor da ETF, que é um corretor ou um consultor de investimento registrado.
O processo de integralização de cotas, por intermédio de um agente autorizado, requer a entrega da cesta de ativos ao administrador em troca do lote mínimo de cotas do ETF (modelo In Kind). O lote mínimo e máximo de ativos financeiros para emissão e resgate das cotas são estabelecidos no regulamento do Fundo.
Através de um representante autorizado, a compra de ações da ETF requer a entrega de uma cesta de ativos ao administrador em troca da quantidade especificada de ações da ETF.
O lote mínimo e máximo de ativos para emissão e resgate das cotas é estabelecido no regulamento do fundo.
Em comparação com os fundos de ações tradicionais, as ETFs geralmente têm uma taxa de administração mais baixa. O investidor só tem que pagar pelos dias em que detém as ações de sua carteira, como acontece com os fundos de ações tradicionais.
Como começar a investir em ETFs
Assim como qualquer investimento, os ETFs exigem que o investidor esteja bem informado.
Como vimos, um índice é uma coleção de títulos que reflete o desempenho de um grupo particular de ações.
Por isso, é importante conhecer as opções disponíveis no mercado: saber qual é a composição do fundo, a qual índice ele está atrelado, qual é a taxa de administração e as demais características.
Feita a pesquisa sobre os ETFs, o investidor deve analisar qual fundo é mais compatível com o seu perfil, o seu objetivo e os recursos disponíveis. A partir desse estudo, a definição será mais assertiva.
Mais uma vez, é vital que o investidor faça seu trabalho de casa.
Posteriormente, será iniciada a etapa prática. Para começar a investir, é necessário ter uma conta em uma corretora. Como os ETFs são negociados na Bolsa de Valores, é exigida essa intermediação. A compra da cota ocorre pela internet, por meio do home broker.
Seu corretor então criará para você uma nova conta em seu nome e creditará em sua conta o número de ações correspondente ao valor que você pagou.
ETFs de renda fixa ou renda variável?
Como os ETFs funcionam como uma cesta de ativos, sua composição pode incluir títulos de renda fixa, o que na prática significa que irá replicar índices dessa classe de investimento.
Na B3, entre os ETFs de renda fixa estão listados o IRFM11, que é atrelado ao índice IRF-M P2; o IMAB11, o IMBB11 e o B5MB11, referenciados ao IMA-B.
Por outro lado, há também os ETFs compostos por ativos de renda variável como o BOVA11, o BOVV11, o BVV11, o XBOV11 e o BBOV11, que acompanham o Ibovespa B3.
Diante do crescimento da oferta e da demanda, a orientação dos especialistas aos investidores é pesquisar. No site da B3, há informações sobre cada um dos ETFs. As corretoras também oferecem suporte sobre os investimentos.
Conclusão
Como visto, este investimento possui características próprias e pode ser interessante para investidores. No entanto, é preciso estar ciente dos riscos e considerar que qual é o fundo ideal para cada perfil.
Além disso, pela natureza do fundo de índices, garante também uma boa diversificação entre empresas, o que é considerado uma boa prática quando o assunto é investimento.
Para o investidor que é novo no mercado de ações, a natureza de baixo risco deste fundo é uma vantagem, uma vez que proporciona uma oportunidade de se familiarizar com o processo de investimento no mercado de ações.
E um grande fator que não podemos esquecer: a diversificação. O investidor tem a liberdade para para resgatar o dinheiro investido um dia após o pedido.
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