As apostas esportivas são a bola da vez para os fãs de esporte a nível mundial. Durante os últimos 20 anos, plataformas eletrônicas baseadas na internet vêm crescendo em qualidade e em número de usuários. Hoje em dia é possível, nos melhores sites, apostar em centenas ou milhares de eventos esportivos (partidas de futebol em dezenas ou centenas de competições, partidas de básquete, tênis, hóquei no gelo, MMA, e muito mais), fazendo depósitos e levantando prêmios através da internet.
Muitos sites já permitem até apostar ao vivo, com o usuário submetendo suas apostas já depois do início do evento. Grande parte das empresas têm suas sedes na Europa, mas os clientes vêm de todo o mundo.
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O crescimento das apostas esportivas no Brasil
Naturalmente, o Brasil não passou indiferente à tendência internacional. As grandes plataformas internacionais de apostas esportivas, como a NetBet, rapidamente identificaram o nosso país como um de seus principais alvos. Não só por sua dimensão, mas também pela paixão do povo pelo esporte, principalmente pelo futebol.
Ao longo da última década, várias empresas criaram versões de seus sites e plataformas para o Brasil. Não se ficaram pela utilização do idioma português; apostaram nos esportes e competições de maior interesse para os potenciais apostadores nacionais e até contrataram equipes de suporte ao cliente brasileiras. Mas sempre com suas sedes empresariais no exterior, tal como os escritórios de suas estruturas informáticas, dessa forma não violando a lei nacional.
O crescimento não só aconteceu como criou uma situação de paradoxo. No futuro, os livros de História seguramente falarão dos primeiros tempos da internet comparando com o “Velho Oeste” americano, onde a ação se fazia sentir antes da lei chegar.
Não só o negócio cresceu como as empresas apresentaram propostas de patrocínio. Os clubes, sempre procurando novas formas de renda, não tinham como resistir. Até a Copa do Brasil pegou um nome de patrocinador. Mas seria razoável ter patrocínios para uma atividade supostamente ilegal? Todavia, as empresas não estavam fazendo nada de ilegal… era necessária uma solução.
O momento da legalização
Essa solução veio com o presidente Bolsonaro, logo em 2018 e antes mesmo de sua tomada de posse. Aproveitando a tramitação de uma Medida Provisória propondo a criação de um regime de apostas de quota fixa, Bolsonaro pediu ao Congresso uma ação rápida para sua aprovação, dentro dos prazos legais.
O Congresso topou a ideia, até porque o presidente eleito usou o argumento da coleta de receita para combater a corrupção e o crime, tendo acabado de “recrutar” Sérgio Moro para seu governo. A MP 846/18 virou Lei 13.756/2018 numa das últimas decisões do presidente Temer antes do final de seu mandato.
Naturalmente, o governo Bolsonaro vem dando todos os sinais de que esta legalização das apostas esportivas é para vingar. Apesar de a regulação do processo estar atrasada em relação ao inicialmente previsto (se prevendo sua conclusão em 2021), o governo fez questão de tranquilizar o setor, anunciando que não seria necessário nenhum período de suspensão de atividade até o licenciamento começar. A intenção é não incomodar o mercado.
Um futuro de crescimento
Em uma entrevista recente ao GamesBras, Alessandro Fried, fundador da empresa especializada BtoBet, prevê um futuro de crescimento não só no Brasil mas por toda a América Latina. A velocidade da internet, a conectividade móvel e o uso de smartphones estão em alta e favorecem a tendência. Fried acrescentou que, segundo um estudo da International Betting Integrity Asociation, o mercado regulado brasileiro poderá valer cerca de R$ 2,389 bilhões.